Visitas e oficinas adultos

APRENDER AS TRADIÇÕES | ESCOLA DE VERÃO CHAIA | Museu da Marioneta

As aprendizagens das artes da marioneta situam-se naquela zona de contacto entre tradição e experimentação que podemos designar como campos de transmissão. Tradição e experimentação integram estes campos no mesmo plano, pois se a transmissão garante a permanência dos saberes da tradição, é a experimentação que condiciona, configura e reconfigura os fazeres aprendidos nos novos contextos, nas novas circunstâncias, na actualidade daquele que aprende e actualiza nessa aprendizagem os saberes transmitidos. Assim, falar de tradição-transmissão implica falar de transmissão-destradicionalização, abrindo as séries do passado às práticas do futuro.

Dando continuidade ao trabalho realizado em torno da marioneta e das problemáticas da transmissão em correlação com os patrimónios artísticos, o CHAIA e o Museu da Marioneta promovem a realização de uma Escola de Verão sobre a tradição dos Bonecos de Santo Aleixo. Dirigida pelo marionetista Manuel Dias, a Escola tem como objectivo transmitir os saberes (manipulação, dispositivos, construção de bonecos) que dão corpo à tradição, concretizando-os num espectáculo a apresentar no final do processo.

» 1ª Semana | Évora » Universidade de Évora » 10 a 15 de Julho
» 2ª Semana | Lisboa » Museu da Marioneta » 7 a 12 de Agosto
» 3ª Semana | Lisboa » Museu da Marioneta » 11 a 16 de Setembro

 

 

Os interessados deverão:
• Enviar carta de motivação;
• Ter experiência em teatro de marionetas;
• Ter disponibilidade para participar nos locais e períodos indicados.

A inscrição é feita mediante o pagamento de 120€, pagos na totalidade no acto de inscrição e envio do comprovativo para museudamarioneta@egeac.pt, indicando no assunto Escola de Verão.

O pagamento da inscrição não inclui alojamento, alimentação ou viagens, que são por conta do aluno.

As inscrições estão sujeitas a um número mínimo de 7 e um máximo de 12 pessoas.

 


Manuel Fernando da Costa Dias pintou, esculpiu, no teatro cenografou acabando por se dedicar por inteiro à criação e realização de espetáculos de marionetas como marionetista solista. No teatro, Manuel Costa Dias colaborou como cenógrafo em várias companhias: Centro Cultural de Évora, CENDREV, Cena, Bonifrates, TEUC, Bonecreiros, Cornucópia, Jangada Teatro e Do Imaginário.

Em 1982 foi-lhe atribuído o prémio para o melhor espaço cénico, pela Associação Portuguesa de Críticos, pelo trabalho realizado na peça “Leonço e Lena” de Georg Buchner para a companhia de teatro Cena.

Em Évora, iniciou o projeto profissional TRULÉ – Investigação de Formas Animadas onde se estreou com um espetáculo na técnica de Robertos na  I Bienal Internacional das Marionetas de Évora em 1987. Com inúmeras deslocações ao estrangeiro nos últimos 20 anos, participou em mais de 80 Festivais Internacionais em 24 países do Mundo. Foram-lhe atribuídos 16 prémios em Festivais Internacionais.

Na 1ª edição de ÉVORAINOVA foi homenageado com o galardão Valorização Cultural e foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Municipal – Classe Prata pela Câmara Municipal de Évora. A partir de 1976, ministrou periodicamente ações de formação de formas animadas para organismos como o FAOJ, Centro Cultural de Évora, Câmara Municipal de Évora, Casa da Cultura da zona Oriental de Lisboa, Juntas de Freguesia, APAC, CITAC, Academia Contemporânea do Espectáculo no Porto, Cine Forum do Funchal, Instituto Politécnico do Porto e Universidade de Évora, entre outros.

Na Universidade de Évora em 2012 foi professor do  III do Mestrado em Teatro Ramo Actor-Marionetista e dirigiu o projeto intitulado “auto da (nova) criação do mundo, exercício divertido a partir de uma coisa séria”, espectáculo criado a partir dos Bonecos de Santo Aleixo.